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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Tio Valdemar


Valdemar era do tipo que gostava de transar com outros homens mesmo sabendo que estes outros homens não quisessem. Foi sempre assim, e assim sempre foi, até a tarde de 12 de janeiro de 1911.
Chovia para caralho, foi quandoValdemar resolveu sair às ruas à procura de prazer carnal. Pegou sua velha capa de chuva amarela, seu guarda-chuva negro, seu cetro feito de jacarandá mimoso e sua enorme cartola verde esmeralda, calçou sua botas brancas de couro de porco, tomou o restante de conhaque que havia naquela garrafa, ascendeu seu enorme cachimbo feito de barro e montou em Rodrigo seu enorme touro zebu que servia de meio de transporte à Valdemar. E seguiu em direção ao Casco da Tartaruga, famoso bar de Bejogrego, cidade natal de Valdemar. O velho Casco de Tartaruga estava lotado, somente de homens, toda escória de Bejogrego se encontrava ali, jogadores, ladrões, assaltantes de banco, políticos, padres, mas também tinha gente honesta e trabalhadeira como pedreiros, mecânicos e donos de loja de 1,99. Valdemar sentou-se numa obscura mesa atrás da mesa de sinuca, pediu uma garrafa de conhaque e drop´s sabor banana, seu predileto. Ficou ali algum tempo, bebendo, chupando drop’s e fumando seu inseparável cachimbo de barro, somente analisando uma possível vitima. Não importava a aparência do homem, bastava ter cu.
Aproveitou o momento em que um corpulento homem barbudo se dirigiu ao banheiro e foi atrás. O banheiro era somente pra uma pessoa de cada vez, foi então que Valdemar forçou a porta e arombou-a, como no velho Casco sempre a musica era num volume muito alto que ouviam tango, ninguém ouviu a porta ser arrancada.
Valdemar adentrou ao cubículo e lá estava o corpulento homem ruivo defecando, Valdemar não pensou duas vezes, rápido como uma lebre, ergueu as pernas do velho homem deixando-o em posição de frango assado com a cabeça dentro do vaso sanitário, o pobre homem nada podia fazer, Valdemar deixou o cetro do lado, desamarrou sua capa de chuva, soltou seus suspensórios e escarrou em seu membro já ereto e com uma só estocada introduziu até as bolas dentro do cu do pobre homem, que urrou como um lobo alucinado, e num vai-e-vem frenético iniciou o coito, dando baforadas de seu enorme cachimbo barroco. Neste instante Claudinho, o conhecido garçom do Casco foi cheirar cocaína no banheiro como era de seu feitio para agüentar acordado a noite toda, e qual foi sua surpresa ao se deparar com aquele sujeito de cachimbo e com cartola, fazendo amor com outro de seus fregueses, ficou apavorado deixando cair sua coca no chão, sem saber o que fazer, ficou imóvel e ao ouvir o barulho Valdemar olhou pra trás e imediatamente sacou sua garrucha e desferiu 7 tiros na boca do pobre garçom que caiu estatelado manchando de sangue a cocaína que estava no chão e voltou a meter loucamente no cu do velho barbudo, após alguns segundos gozou como louco e se vestiu, o pobre homem barbudo ficou ali com o cu todo esporreado e morto, afogado com a cabeça atolada em sua própria merda.
Ao ouvirem os estampidos alguns homens vieram ver o que era e deram de encontro com Valdemar que com o cetro em uma das mãos e a garrucha em outra, atacou-os, eram 6 fortes homens que foram caindo um a um a cada cajadada que Valdemar desferia em suas cabeças, chegando a rachar-lhes os crânios. Eliminando um a um quem se opunha a ele, correu apoiando-se em seu cetro e subiu no balcão e começou a atirar e dar cacetadas em todos, exterminou mais de 87 pessoas de dentro do Casco. Após não ter mais ninguém vivo, recolheu o dinheiro do caixa, pegou algumas garrafas de conhaque e vários drop’s de bananas, montou em Rodrigo e seguiu cantando Frank Sinatra e bebendo conhaque no caminho de sua confortável cama redonda com espelhos no teto. Valdemar viveu até 103 anos, sempre na mesma velha e boa Bejogrego, vivendo sua vidinha calma e tranqüila. A propósito Rodrigo ainda esta vivo, também em Bejogrego, pastando e atualmente seus chifres medem 3,7 metros de comprimento, virou atração turística.

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