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terça-feira, 23 de setembro de 2008

SANDRA BREA - retalhos II


Por dentre pedras circulares e minhocas inanimadas, esta a palavra de deus, o deus pegajoso e visguento.


não são raros os momentos em que siluetas e sombras entrelaçam-se sobre o alto daqueles arranha-ceus, que ficam ao norte, muito ao norte



uma cabra atravessa a rua lentamente sem saber que do outro lado esmaltes sintéticos penetrarão por suas ventas e lhe enfeitiçarão


isso não pode, por ocasião de aviões adentrarem no banheiro da casa de repouso onde vivia Gertrudes



redemoinhos encaracolados dentro da valeta putrefata do Osmar


minha minhoca faz de tudo para acertar na loteria e livrar-se de minha arrogancia, prepotência e bafo altamente alcoolizado, mas prometo comprar uma calça verde esfumaçada


vidro transparete embassado e encharcado de muito chulé no restarante japones que servia pedras cantantes


as respostas estão sendo depositadas diariamente na plataforma que ostenta falos e viceras deterioradas pelas drogas


no dia dedicado ao escarnio e a devoção aos atmos, faremos parafusos enquanto louvares com belas penas a morte de Ivan "o bôbo"


milhares de entranhas adentram ao rescinto pra dançar a valsa


a violência inata e inalterada dentro do coração daquele grão de feijão, fez-ô virar caldo


...por detrás daquele velho sofá azul reformado, estirparam e destribaram e estruparam nações indigenas inteiras, no auge da melancolia pós vento...


malandros apregoados em cordões de manteiga com um sabor putrefato de jasmim


palavras proferidas numa vasta colmeia com sanguinarias abelhas menstruadas


ante àqueles olhos levementes fechados pelos medonhos raios solares que adentravam ao cubiculo cercado de cidades interessantes e pessoas horripilantes, que viviam dentro de um copo cheio de carne


e foi ali, dentro daquele livro empoeirado que os automoveis começaram a emboscar dois hospitais que andavam embriagados pelas ruas suburbanas daquela pequena metrôpole


foram cinco, não seis nem quatro, tampouco sete, foram somente cinco e as algas marinha nunca mais foram as mesmas


...depois de destrancado o ultimo portão, as rodas passavem uma à uma por debaixo de meu queixo que jazia de pêlos e anseava por chuvas durante as noitadas regadas com paz e sangue...


...cada dia longe de casa suas unhas cresciam desesperadamente e em frente à suas costas novelos de lã se estendiam entre os parrerais do Norte...


...saladas recortadas na sala por debaixo do sofá encontramos taças tilintando e muita festa já adentrando ao caderno temos milhares de pedras sobrepostas...


...num domingo qualquer sem menteas sementes da chuvas jamais mentemnão se meta na rua num domingo sem mente com chuvas sinceras...


...as malas e as pernas machucadas mostravam que aquele gordo menino merecia sofrer, para tanto era necessário fazer com que ele tomasse sabonete liquido, numa noite sem luar...


...por dentre lagos esfumaçados e maçãs caidas ao solo por toda e qualquer estepe na noite nos corredores e salas vazias, e em todo campo chuvoso ao dia, minh'alma lá estará desejosa de lascividade...


o cheiro de carne espalhado pelos ceus não poderia dar o ar da graça uma graça vermelha e fria chegára o bom tempo onde todos faleciam

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